sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

The Stone Roses - Second Coming

Não conheço um único fã de Stone Roses. Aliás, não estou a ver ninguém que tenha um disco deles em casa. Não conheço ninguém que saiba reconhecer que houve um, sim, um guitarrista que participou na cena da britpop e que tocava tão bem quanto o Jimmy Page. Talvez por aí se explique parte do insucesso de Second Coming. Dessa influência que John Squier - o homem com nome de marca de guitarras baratas - mostrasse com alguma obsessão ao longo do segundo álbum, que sucedeu ao primeiro passados cinco longos anos. Mas por agora vou parar de falar mal. Não é que eu odeie este álbum. Não. Eu consigo gostar bastante dele, aliás, é daqueles que pelo menos uma vez por mês é capaz de rodar na aparelhagem.

É difícil transmitir por palavras tudo que este álbum pode significar. Não é de fácil digestão, nem tão pouco apaixona à primeira vista. As atmosferas sónicas e psicadélicas, com base em acordes de blues ao longo de "Breaking Into Heaven", devem ter decepcionado logo os primeiros fãs que ouviram este álbum. É que a britpop estava no auge, e estes senhores, que já tinham marcado presença na era da Madchester, não conseguiram encontrar-se com as expectativas da imprensa e dos fãs . Mas eu dei-lhes uma segunda oportunidade e não me arrependo de o ter feito. É que para inovar é preciso arriscar, muitas vezes isso implica quebrar expectativas e romper com estigmas do passado, ou até mesmo do presente. E os Stone Roses conseguiram-no fazer, e pronto. E fizeram muito bem.

Para recordar, Ten Storey Love Song, um dos singles que ficou bem na moldura, ao lado dos hits da altura.

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